Promover um RH estratégico é essencial para toda empresa. Afinal, o mercado está cada vez mais dinâmico, competitivo e em constante processo de adaptação, que é impulsionado significativamente pelas inovações tecnológicas.
Em um cenário tão exigente, cabe às empresas otimizar recursos e potencializar seu capital humano. Para isso, a transformação digital no RH promove uma gestão mais ágil e assertiva no setor, por meio da automação de processos e da inteligência de dados.
Se antes a área de Recursos Humanos preocupava-se apenas com questões burocráticas, como contratações e cálculo de folha, hoje ela emprega tecnologia e novos métodos gerenciais para alinhar as metas corporativas aos objetivos dos profissionais.
Com processos mais rápidos, previsíveis e orientados por indicadores, o RH contribui para melhorar o clima organizacional, engajar os melhores talentos e potencializar suas competências para que atendam às novas demandas mercadológicas.
Assim, por meio das pessoas que compõem a organização, o gerenciamento estratégico de RH pautado na transformação digital é decisivo para acelerar o crescimento dos negócios, prever riscos, eliminar gargalos e incentivar uma cultura orientada a resultados.
Quer entender melhor o atual contexto transformacional, sua relação com o RH estratégico e como implantar suas tendências? A seguir, confira os detalhes mais importantes que você precisa saber sobre o assunto.
O que é transformação digital?
A transformação digital não diz respeito apenas à implementação de sistemas e à digitalização de processos. Na verdade, ela está ligada aos modelos de negócios, que são influenciados pelos novos padrões de mercado e demandas da sociedade.
Hoje, a tecnologia dita os comportamentos dos consumidores e as necessidades dos profissionais. Por isso, a meta das organizações é empregar os constantes avanços tecnológicos para agregar mais valor aos seus públicos de interesse.
O principal exemplo está no uso maciço de dados, que permite às organizações monitorar métricas de performance e oferecer serviços de maior qualidade, seja na entrega dos produtos, na personalização de marketing, nos seus processos internos, e assim por diante.
Da mesma forma, a automatização confere mais agilidade e assertividade às ações organizacionais, permitindo otimizar recursos e liberar tempo para que os profissionais se dediquem a funções mais estratégicas.
Na verdade, a transformação digital pode ser muito abrangente. Afinal, inovações como Inteligência Artificial, Big Data, Cloud Computing, Machine Learning, entre outras, avançam a todo momento.
Assim, cabe às empresas inseri-las em seus processos de gestão para potencializar resultados e alinhar-se às novas exigências competitivas da atualidade. O mesmo vale para a gestão estratégica de RH.
Como ela influencia o RH estratégico?
Partindo de um exemplo básico, antes da digitalização, as companhias realizavam o controle de ponto manual. Ele exigia horas de trabalho e não agregava nenhum valor estratégico. O mesmo vale para a elaboração da folha de pagamento e outras demandas burocráticas.
Hoje, a batida de ponto é eletrônica, os cálculos da folha são automatizados e integrados à gestão de benefícios. Só nessa simples exemplificação, é fácil ver como a integração de dados garante mais rapidez e assertividade aos processos.
Contudo, o papel estratégico do RH hoje vai além. Afinal, a transformação digital exige novos perfis de profissionais, que devem ter domínios multidisciplinares, familiaridade com a tecnologia e um perfil mais analítico do que meramente executor.
Isso sem falar no surgimento de novos postos de trabalho, formatos como o home office, modelos gerenciais orientados por projetos, operações descentralizadas, entre muitas outras tendências transformacionais.
O RH estratégico deve empregar ferramentas digitais para se adaptar a essa realidade, analisando os dados dos colaboradores, acompanhando suas demandas de desenvolvimento e potencializando suas competências, alinhando os objetivos das pessoas aos da empresa.
Não por acaso, mais de 1.500 lideranças corporativas entrevistadas pela GPTW no ano passado defendem que a gestão estratégica de RH hoje depende do avanço das tecnologias de inteligência de dados.
Afinal, são essas ferramentas que permitem embasar todos os processos do setor. Ou seja, elas conferem mais eficiência desde os recrutamentos, até as avaliações internas, treinamentos e processos de desenvolvimento.
O mesmo estudo sugere que as principais demandas para aprimorar as estratégias de RH atualmente envolvem a criação de uma mentalidade digital (35%) e a reestruturação de processos tradicionais (28%).
Isso significa que o foco principal é adequar os melhores recursos tecnológicos aos novos modelos de gestão estratégica. Veja abaixo como transformar suas estratégias de RH com o apoio da tecnologia.
Como transformar o RH com tecnologia?
Como você pôde ver, a transformação digital no RH diz respeito à otimização de processo e à potencialização de talentos em prol de melhores resultados corporativos. São esses valores que ressaltam o potencial estratégico que o setor hoje possui.
A abordagem estratégica dos negócios pode ser promovida com o apoio de diferentes ferramentas. Contudo, quando tratamos sobre o RH estratégico, alguns métodos e tecnologias têm ganhado amplo destaque entre as empresas.
Se você está se perguntando como fazer um planejamento estratégico de RH alinhado às novas exigências e necessidades do mercado, abaixo elencamos algumas das tendências mais relevantes da área. Confira:
Onboarding e offboarding
A adaptação de novos colaboradores sempre esteve entre os desafios do RH estratégico. Felizmente, a transformação digital já oferece novos recursos para simplificar a integração de talentos aos processos e à cultura das empresas.
Entre os destaques da área, estão os chatbots. Eles aprendem sobre os questionamentos mais frequentes ao RH e conseguem respondê-los de maneira automatizada. Isso agrega mais dinamismo e clareza à comunicação interna e reduz o tempo de atendimento.
Para dar apoio ao onboarding, os talentos podem usar a ferramenta via aplicativo ou intranet. Assim, podem tirar dúvidas sobre datas de pagamento, ponto eletrônico, política de horas extras, e assim por diante.
Também é possível aplicar essa tecnologia no offboarding. No ato do desligamento, os profissionais podem receber pesquisas sobre os motivos que levaram à sua saída, por exemplo. Isso contribui para uma saída mais amigável e para guiar novas políticas de retenção.
Recrutamento e seleção
Outro processo vital para o RH estratégico é o recrutamento e seleção. Cada vez mais, ele é decisivo para atrair os melhores talentos à empresa. Além de assertivo, ele precisa ser ágil e não exigir custos muito elevados.
Por meio do people analytics, é possível analisar os dados sobre os profissionais internos e seus respectivos setores. Assim, você pode mapear as competências ideais para cada cargo. A partir disso, consegue buscá-las de maneira mais assertiva entre os candidatos.
Já com as plataformas de vagas e seleção, as primeiras etapas do recrutamento são automatizadas. Graças ao machine learning, a tecnologia no RH analisa os dados dos candidatos e segmenta apenas aqueles alinhados aos requisitos da vaga.
Para as etapas seguintes de seleção, o RH estratégico pode utilizar Inteligência Artificial e Big Data. Esses recursos cruzam as informações dos candidatos selecionados com o banco de dados interno. Assim, indicam quais perfis atendem melhor às demandas para contratação.
Universidade corporativa
Com a crescente competitividade do mercado, cabe ao RH estratégico potencializar a produtividade dos colaboradores. Somada à constante necessidade de adaptação tecnológica, o desenvolvimento dos talentos torna-se ainda mais importante.
A realização de cursos, palestras, workshops, entre outras atividades, pode ser muito vantajosa para aprimorar as capacidades dos profissionais. Contudo, essas alternativas são dispendiosas e exigem a ausência dos postos de trabalho.
Como alternativa, cada vez mais organizações investem em universidades corporativas. Elas alinham a demanda dos talentos por crescimento profissional às necessidades técnicas e cognitivas da empresa.
Além de mais baratas, elas têm mais flexibilidade de horários. Inclusive, as trilhas de aprendizado podem ser personalizadas para as necessidades específicas de cada pessoa. Para incentivar seu engajamento, sua conclusão pode ser associada a bonificações.
Gestão de desempenho
Muito além das qualificações, o desenvolvimento dos talentos também envolve a gestão de desempenho. Hoje, o RH estratégico consegue guiar a otimização da performance dos colaboradores por meio da análise de dados.
Com o apoio de softwares de gestão baseados em Big Data, IA e Business Intelligence, você pode coletar informações constantemente sobre as rotinas das equipes. Assim, consegue obter insights para guiar seu gerenciamento.
Por meio de métricas relevantes para o seu negócio e relatórios de desempenho obtidos em tempo real, todas as melhorias são embasadas em dados. Ou seja, você corrige falhas mais rapidamente e ainda encontra oportunidades para promover aprimoramentos contínuos.
Diversos indicadores podem dar apoio ao RH estratégico. Entre os principais, estão aqueles de produtividade e clima organizacional. Também há métricas de turnover, absenteísmo, retenção de talentos, entre muitas outras.
Cultura de feedbacks
Por falar em melhorias contínuas, elas dependem de uma sólida cultura de feedbacks. Afinal, o RH estratégico exige que os talentos estejam alinhados às metas e à cultura do negócio. Para isso, é fundamental que sejam orientados com clareza.
Nesse sentido, o papel do Recursos Humanos é prestar apoio aos gestores e lideranças. Mais que estruturar as dinâmicas dos feedbacks, o setor também deve fornecer as informações para guiá-los. Isso novamente ressalta a importância das métricas obtidas via RH tech.
Durante os feedbacks, os profissionais devem entender como está sua performance atual. Além disso, precisam de orientações sobre os pontos de melhoria e aprimoramento. Essa também é uma oportunidade para que compartilhem suas visões sobre a empresa.
O grande objetivo é potencializar o desenvolvimento da equipe. Mesmo que os feedbacks apontem falhas e gargalos, eles também mostram como saná-las e reconhecem os acertos. No fim, esse incentivo também é valioso para o clima organizacional.
Otimização de processos
O RH estratégico é oposto ao setor de Recursos Humanos meramente burocrático. Por isso, ele depende da otimização de processos. Afinal, quando a parte operacional é mais ágil e assertiva, sobram tempo e esforços para dedicar-se às estratégias.
Com um bom sistema de RH, você obtém uma visão completa das suas demandas. Isso é importante para acompanhar indicadores e relatórios de desempenho. Como citamos, são eles que viabilizam decisões mais acertadas e relevantes para os objetivos do negócio.
Ao mesmo tempo, os melhores softwares integram todas as ferramentas do RH estratégico. Assim, você conta com recursos automatizados para lidar com a folha de pagamento, gestão de ponto e benefícios, gerenciamento de pessoas, etc.
O resultado dessa otimização é um RH estratégico mais atuante. Ou seja, que consegue potencializar aptidões profissionais, motivar e reter talentos, melhorar o clima e a cultura interna e prestar todo o apoio necessário aos gestores perante as metas organizacionais.
Integração da equipe
Neste ponto do artigo, já está claro que o RH estratégico não se preocupa apenas com suas próprias atribuições. Mais do que isso, seu papel é potencializar talentos e otimizar o fit cultural para beneficiar a empresa como um todo.
Isso também passa pela integração da equipe, gestores e lideranças. A meta é ter uma hierarquia horizontalizada e uma comunicação próxima. Com um contato mais direto, há menos ruídos de comunicação, mais engajamento e maior acesso à informação.
Ao mesmo tempo, cabe ao RH estratégico incentivar a diversidade e a inclusão. Afinal, é isso que cria as condições ideais para um ambiente mais criativo e aberto a novas ideias. Além de favorecer a inovação, esses valores também beneficiam o bem-estar organizacional.
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