Você provavelmente já ouviu falar de tecnologias como Internet das Coisas, Inteligência Artificial e Machine Learning, certo? Todas essas inovações, que já estão profundamente inseridas no mercado, consolidam a Advocacia 5.0.
A exemplo dos demais setores, a transformação digital já impacta diretamente as rotinas legais das empresas. Hoje, a agilidade e a precisão proporcionadas pela automação de processos se tornaram indispensáveis para todo departamento jurídico.
Por mais que a otimização tecnológica já garanta uma atuação mais estratégica para os profissionais do Direito, há um movimento crescente para que o ritmo frenético da digitalização dê lugar à priorização das necessidades e habilidades humanas.
Assim, mais que adotar sistemas eficazes e tecnologias de ponta, o mercado exige que o uso dessas ferramentas seja centrado nas pessoas. Mas afinal, como essa tendência funciona e gera valor às organizações?
Neste artigo, você vai entender o que é Advocacia 5.0, seus pilares fundamentais, principais impactos e quais as características de um advogado devidamente preparado para os novos paradigmas da área. Acompanhe.
O que é Advocacia 5.0?
A Advocacia 5.0 é um conceito que descreve as evoluções das práticas de direito que devem se consolidar no contexto da Sociedade 5.0. Nele, as principais tecnologias do mercado devem ser voltadas à resolução das necessidades humanas.
Os impactos da automação e da inteligência de dados já são evidentes em toda a cadeia produtiva. Contudo, espera-se que sua influência atinja patamares sem precedentes. Isso deve gerar revoluções significativas nos modos de trabalho, gestão e consumo.
Enquanto a atual Indústria 4.0 é marcada pelo avanço tecnológico acelerado, a Indústria 5.0 está surgindo a partir da urgência de aliar os paradigmas da transformação digital às novas demandas da sociedade.
Assim, enquanto as inovações permanecem aceleradas, sua utilização será pautada por maiores preocupações sobre temas como sustentabilidade, bem-estar no trabalho e potencialização da capacidade humana.
Quanto a esse último quesito, a Advocacia 5.0 se insere em uma sociedade digital marcada por novos modelos de mercado. Eles são mais descentralizados, horizontais, sustentáveis, focados na diversidade e na geração de valor.
Graças ao uso maciço de dados e à otimização de tarefas, a atuação dos profissionais se torna cada vez mais estratégica e assertiva. Como você verá no próximo item, a ideia é que a tecnologia sirva a uma maior valorização dos advogados e dos seus respectivos públicos.
Se a Advocacia 4.0 se destacou por conta dos altos níveis de performance e eficiência proporcionados pelas ferramentas digitais, o movimento agora é que a mentalidade jurídica excessivamente hierárquica, formalista e vertical seja finalmente deixada de lado.
Quais são os pilares da Advocacia 5.0?
Como você pôde ver, a Advocacia 5.0 consiste em um modelo de gestão jurídica centrada no ser humano. Mais que potencializar resultados com o apoio das inovações já existentes na Indústria 4.0, ela visa a adaptar a mentalidade dos advogados à sociedade digital.
A demanda agora é que os profissionais consigam abandonar padrões conservadores, adequar-se às novas demandas das pessoas e das empresas, bem como desempenhar um trabalho mais estratégico.
Para que isso seja possível, é essencial que as práticas jurídicas sejam baseadas em ferramentas capazes de maximizar as capacidades técnicas, cognitivas e gerenciais dos operadores do Direito.
Afinal, é isso que torna seu trabalho mais ágil e assertivo, com melhores condições para desempenhar um trabalho de excelência, maior foco nas necessidades reais dos indivíduos e mais valorização dos advogados.
Para viabilizar essa integração da tecnologia com as demandas das pessoas, a Advocacia 5.0 é sustentada por alguns pilares essenciais. Veja quais são os conceitos e ferramentas que guiam suas práticas:
Sociedade 5.0
Como citamos, a Sociedade 5.0 diz respeito à nova era social que está surgindo. Nela, a consolidação de tecnologias como Internet das Coisas, Inteligência Artificial (IA), Machine Learning, entre outras, deve ser direcionada às demandas dos indivíduos.
O conceito foi apresentado inicialmente pelo governo japonês no ano de 2016. Trata-se de uma estratégia nacional de desenvolvimento formulada pelo Conselho de Ciência, Tecnologia e Inovação do país. Hoje, ela serve como base para os avanços observados ao redor do mundo.
Seu principal objetivo é garantir que as tecnologias e inovações criadas durante a 4.ª Revolução Industrial, ou Indústria 4.0, agreguem mais qualidade à vida das pessoas e sejam focadas nas necessidades de todos os setores da sociedade e do mercado.
Jurimetria
Inerente à Advocacia 5.0, a jurimetria corresponde à inteligência de dados aplicada ao Direito. Ela é apoiada por algoritmos que analisam decisões jurídicas. Seu papel é identificar padrões, convertendo-os em indicadores estatísticos que otimizam a análise de jurisprudências.
Trata-se de uma área que valoriza significativamente a atuação dos advogados, tornando-a mais produtiva, ágil e estratégica. Afinal, os dados minimizam as margens de erros e proporcionam assertividade à tomada de decisão.
Ao implementar um software de jurimetria, os profissionais aprimoram o embasamento de seu trabalho. O resultado é mais confiança e previsibilidade para traçar estimativas que esclarecem os melhores caminhos a serem seguidos em cada ação.
Internet das Coisas
Tanto a qualidade da jurimetria quanto a abrangência dos indicadores dos sistemas de gestão jurídica dependem diretamente do volume de dados gerados pela equipe de advogados e sua capacidade de processamento.
Por isso, a Internet das Coisas (IoT) também é essencial para a Advocacia 5.0, pois o conceito descreve toda a rede de ferramentas, softwares e demais tecnologias interconectadas que trocam informações online entre si.
Machine Learning
A IA também permite que o Machine Learning seja usado nos serviços jurídicos. Por meio do aprendizado de máquina, a tomada de decisão se torna ainda mais ágil e precisa. O mesmo vale para as diversas atividades operacionais do setor.
Da prospecção de clientes, até chatbots de relacionamento, cumprimento de prazos processuais, otimização de processos, entre outras demandas, essa tecnologia desburocratiza a rotina dos advogados. Isso garante mais disponibilidade para uma atuação estratégica.
Blockchain
Criado inicialmente para operações de criptomoedas, o blockchain confere transparência às transações digitais. Trata-se de uma rede descentralizada e livre de intermediários. Ela garante veracidade, imutabilidade, rastreabilidade e total segurança para os dados.
Na Advocacia 5.0, sua função é conferir a conformidade e a proteção necessárias às informações jurídicas nos meios digitais. As aplicações são voltadas à autenticação de documentos, assinaturas digitais, contratos inteligentes, registros online, entre muitas outras.
Principais ganhos da revolução jurídica para a sociedade
O grande destaque da Advocacia 4.0 é a automação de processos. Graças a softwares jurídicos de ponta, os advogados atingiram o ápice de produtividade. Erros e operações manuais foram muito reduzidos, enquanto os dados garantem mais eficiência e assertividade.
Trata-se de uma fase de altíssima produtividade, acompanhada de novas demandas de compliance, LGPD, direito digital, entre outras. Mesmo que a tecnologia já garanta uma atuação mais estratégica aos profissionais, o centro ainda não está nas necessidades das pessoas.
Contudo, isso está mudando na Advocacia 5.0. Cada vez mais, as novas ferramentas e inovações devem ser aplicadas à resolução de problemas sociais, mercadológicos e individuais. Os novos paradigmas da sociedade agora exigem um foco mais humanizado.
Assim, o avanço tecnológico deve permanecer acelerado e continuar ditando os rumos do mercado. Contudo, ele servirá muito mais às demandas das pessoas nas diferentes esferas de suas vidas.
Na Advocacia 5.0, isso é refletido em uma relação menos hierarquizada entre os profissionais, na substituição do excesso de formalidades por um atendimento mais próximo das pessoas, na priorização de indivíduos sobre processos, e assim por diante.
Principais ganhos da revolução jurídica para seu negócio
Quando tratamos sobre revoluções de mercado, é natural que existam preocupações sobre a substituição de pessoas por máquinas. Contudo, o objetivo da Sociedade 5.0 é justamente garantir que isso não aconteça.
De fato, diversas ferramentas inteligentes já cumprem funções que antigamente dependiam exclusivamente de advogados. Elas incluem a automação na consulta de processos, plataformas online de resolução de conflitos, entre outras semelhantes.
Entretanto, a capacidade tecnológica de desempenhar tarefas burocráticas pode gerar mais oportunidades do que ameaças aos profissionais. Isso desde que eles estejam preparados para suas possibilidades.
Afinal, na medida em que esses processos se adaptam organicamente às rotinas da Advocacia 5.0, os advogados do futuro terão inúmeros recursos à sua disposição. Por isso, é importante dominá-los para promover uma atuação mais estratégica.
Até porque, a revolução jurídica não se refere apenas à inserção de novas tecnologias, mas também a novos modos de trabalho. Assim, enquanto a inovação serve às necessidades humanas, a atuação advocatícia torna-se capaz de gerar mais valor.
Como se preparar para a Advocacia 5.0?
Para acompanhar a ascensão da Advocacia 5.0, os advogados terão duas missões simultâneas. A primeira é dominar ao máximo as inovações que já guiam a atual transformação digital.
Já a segunda é reinventar-se em prol de um trabalho mais direcionado às necessidades humanas. Isso significa prezar por uma prática jurídica pautada em um olhar humanizado e mais alinhado às novas demandas da sociedade.
Cada vez mais, temas relacionados a direitos humanos, compliance e governança de dados, desenvolvimento sustentável, gestão ética, entre outros relacionados, vão pautar o segmento do Direito.
Na medida em que a automação impulsiona o dinamismo do mercado, cabe aos profissionais ter senso crítico e sensibilidade para gerar valor perante as novas demandas sociais e valorizar seus serviços com o apoio da tecnologia.
Portanto, os advogados que não abrirem mão da mentalidade tradicional e conservadora da área jurídica certamente serão passados para trás. Prezar pela ética e dominar as inovações para que elas atuem em prol das pessoas é o novo caminho para o sucesso.
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