Garantir informações precisas e sempre atualizadas sobre o quadro de colaboradores é fundamental para promover uma atuação eficaz e mais estratégica no RH. Nesse sentido, a gestão de ponto possui um papel fundamental.
Afinal, essa ferramenta é diretamente responsável pela conformidade das folhas de pagamento e pelo acompanhamento das horas trabalhadas, o que envolve questões como o gerenciamento de benefícios, redução de absenteísmo, demandas de horas extras, e assim por diante.
Quer entender como a gestão de ponto impacta as rotinas do setor de Recursos Humanos? Neste artigo, vamos nos aprofundar no conceito, suas obrigações legais, principais tipos de registro e benefícios da sua otimização. Confira.
Para que serve a gestão de ponto?
A gestão de ponto serve para monitorar e analisar a jornada de trabalho dos profissionais. Com ela, é possível contabilizar os valores adicionais por horas extras, efetuar descontos por faltas injustificadas e atrasos, entre outras questões pertinentes à folha de pagamento.
Mais que garantir o cumprimento das jornadas de trabalho, ela também é uma ferramenta importante para gerir a assiduidade dos colaboradores, identificar possíveis gargalos e garantir transparência na relação com os funcionários.
Em resumo, ela permite extrair indicadores muito relevantes da folha de frequência, que vão desde a gestão do banco de horas até o gerenciamento de benefícios, de horas extras, ações para minimizar o absenteísmo, entre outras informações importantes para a atuação do RH.
O que diz a lei sobre a gestão de ponto?
Na marcação de ponto, a legislação principal é a Consolidação das Leis do Trabalho. Ela determina que o horário de trabalho conste no registro dos profissionais empregados. Contudo, a exigência da marcação de ponto só é prevista para algumas situações específicas.
Aqueles que atuam em organizações com mais de 20 colaboradores são obrigados a marcar ponto. Antes da redação dada pela Lei n.º 13.874, de 2019, isso só valia para empresas com mais de 10 funcionários. Ainda há casos que dispensam a obrigação, como:
- Funcionários que atuam em regime de teletrabalho;
- Profissionais em cargos de gestão, como gerentes, diretores e chefes;
- Empregados que têm atividades externas incompatíveis com a fixação de horário.
Indo além das determinações legais, lembre-se que a gestão de ponto é uma ferramenta de controle para a empresa e de comprovação para os profissionais. Ou seja, ela pode resguardar juridicamente a organização e assegurar os direitos dos trabalhadores.
Sendo assim, mesmo que o seu negócio não se enquadre na obrigatoriedade das marcações, vale a pena implementar uma solução de RH digital para controlá-las. Confira abaixo quais são os diferentes tipos de registro.
Tipos de registro de ponto
Atualmente, é possível implementar um sistema de ponto eletrônico ou até mesmo realizar o controle de ponto pelo celular. Essas tecnologias estão entre as principais tendências de RH, já que simplificam a gestão das marcações e garantem a conformidade dos registros.
Com boas ferramentas digitais, é possível ir muito além dos registros de trabalho, obtendo dados em tempo real sobre banco de horas, atrasos, faltas, férias, entre outras informações essenciais, além de relatórios intuitivos para orientar as avaliações dos colaboradores.
Entretanto, por mais que o ponto eletrônico para empresas já represente o RH do futuro, também é importante conhecer outros métodos de registro e avaliar qual é o mais viável para as demandas do seu negócio. Os principais são:
Manual
Trata-se do recurso mais tradicional de controle. Ele consiste na anotação dos horários diretamente pelos funcionários, feita de forma manual. No fim do mês, o RH recolhe as folhas, calcula as horas e extrai informações para a gestão de ponto.
Esse método é considerado ultrapassado para a maioria dos negócios, pois é menos seguro contra falhas e dificulta a implementação de um people analytics eficiente. Contudo, pode ser útil para empresas de pequeno porte, que precisam de um controle barato e mais simples.
Mecânico
Já o ponto mecânico é um velho conhecido dos gestores. Ele se baseia no uso de um cartão de ponto, que é usado para anotar os horários. Todos os dias, os funcionários devem inserir o cartão na máquina que carimba os períodos de entradas, intervalos e saídas.
No fim do mês, os cartões são recolhidos e as informações coletadas. Seu uso é ligeiramente mais prático do que a anotação manual, mas é igualmente trabalhoso e sujeito a falhas quando a demanda é agilizar os cálculos e extrair indicadores para a gestão de ponto.
Eletrônico
Por sua vez, a folha de ponto digital representa o recurso mais prático, eficiente e seguro para a gestão de horas. Nela os colaboradores marcam os horários em computadores, celulares ou tablets. No ato, o sistema preenche a informação na folha de ponto automaticamente.
O registro de ponto pelo celular é uma inovação de RH Tech ainda mais prática, já que basta ter um aplicativo autorizado em um dispositivo móvel para realizar as marcações, que têm seus dados armazenados diretamente na nuvem.
Em ambos os casos, as informações podem ser acessadas em tempo real pelo time de RH, os cálculos são automatizados e os dados convertidos em relatórios completos para orientar a gestão de ponto e garantir uma tomada de decisão mais assertiva.
Quais os benefícios da gestão de ponto para a empresa?
Uma gestão de ponto eficiente é indispensável para garantir que o processo de controle sobre as horas trabalhadas tenha conformidade e consiga gerar indicadores para impactar as decisões do RH.
Como se não bastasse, ter um gerenciamento eficaz é de suma importância para manter uma relação transparente com os colaboradores, assegurar o cumprimento da legislação e evitar conflitos ou até processos trabalhistas.
Quando esse tipo de controle é automatizado com o apoio da tecnologia, os ganhos são ainda maiores. Afinal, os cálculos tornam-se mais ágeis, os custos ficam menores, as análises mais completas e o RH mais produtivo.
Um bom sistema de gestão de ponto ainda contribui para tornar a gestão de pessoas mais estratégica. Afinal, a automatização libera tempo para que os profissionais do setor se ocupem menos com tarefas operacionais e foquem mais nas metas de crescimento do negócio.
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