Há muito tempo já se vem comentando sobre inteligência artificial. Não somente no jurídico, mas em praticamente todas as áreas de atuação que conhecemos.
Uma das principais pautas de discussão sempre foi o que a IA seria capaz de substituir. Muito se fala sobre cargos, profissões e atribuições que correm o risco de serem esquecidas. Mas e quando falamos de ferramentas, efetivamente. Isso se aplica?
Seguindo nessa onda, um dos assuntos mais comentados do momento tem sido o ChatGPT. Seja em função da sua fácil usabilidade, seja em função dos resultados rápidos e precisos que ele oferece. É uma ferramenta poderosa e que tem grande potencial para, definitivamente, revolucionar o mercado.
Trazendo para esse viés de ferramenta, resolvemos fazer a provocação do que o ChatGPT é capaz de substituir. Se você tem interesse nesse tema e está curioso para saber nossa conclusão, siga na leitura deste artigo!
Inteligência artificial na gestão jurídica
Inicialmente visto como um tema polêmico. Mas a realidade mudou. Hoje em dia é essencial e em muitas vezes é tido como o diferencial de mercado para a contratação.
Com a ideia maturada de que a IA não vai roubar o lugar do advogado, mas sim facilitar a sua vida, o software jurídico que não traz consigo essa funcionalidade pode se tornar obsoleto com grande facilidade.
Fundamental para tomadas de decisão mais céleres, a inteligência artificial já ocupa um lugar muito especial no dia a dia do departamento jurídico, mas ainda de uma forma muito auxiliar às ferramentas já existentes.
A revolução do ChatGPT
Permeando todas as discussões possíveis desde o seu lançamento, o questionamento segue: o que o ChatGPT pode fazer?
Desde responder a perguntas mais básicas até elaborar fluxos de gestão de processos. O ChatGPT se mostrou uma ferramenta poderosíssima se usada com sabedoria.
Se antes o dilema girava em torno do: “com pesquisa se perde muito tempo”. Hoje o questionamento está mais para: “o quanto posso me tornar dependente desse resultado completo que foi obtido em fração de segundos?”.
Por conta disso, é fundamental termos a clareza de onde vem as bases dessa informação. Quais bancos de dados são usados, para que então possamos confiar integralmente nos resultados que nos são dados.
Acessório das ferramentas ou o substituto delas?
Como dito anteriormente, o uso de IA dentro do universo jurídico já não é mais uma novidade. As funcionalidades com inteligência artificial se encontram acessórias a vários módulos de diversos sistemas.
Seja como assistente digital para controle da agenda, ou para cadastramento automático de novos processos ativos. A IA já está incorporada em nossa realidade.
Porém a grande questão que motivou a reflexão e escrita desse artigo, foi a chance do ChatGPT se tornar uma ferramenta ultrapassa a barreira do acessório. Ou seja, ela substitui as demais.
Hoje em dia temos os indicadores em sistema jurídico com um objetivo muito simples: contar uma história através de gráficos e números do negócio. Assim, a raiz da existência dele é conceder informação ao usuário. O mesmo objetivo raiz que usar o ChatGPT traz consigo.
A grande questão é que muitas vezes você fica limitado ao que o dashboard oferece. Afinal, nem sempre o BI te dá a liberdade para cruzar outras informações. E na massiva maioria das vezes ele não é capaz de acompanhar a criatividade humana. A não ser quando é projetado para isso.
Seguindo essa linha de raciocínio, uma vez que o ChatGPT é capaz de trazer informações extremamente completas, nasce o questionamento:
Ainda que os BIs sejam belíssimos e carreguem muitas informações, há a chance de se tornarem obsoletos? Seguindo a linha de raciocínio traçada desde o começo da inserção da IA em nossa rotina, a resposta é simples: não. Ao menos não agora.
Por mais que uma inteligência artificial seja potente, ainda não temos fontes seguras de pesquisa que assegurem a sua capacidade de ir além do analítico lógico e racional. Além disso, a interpretação vinda por uma máquina pode até ser mais célere e com isso te economizar tempo e esforço. Mas a conferência humana e interpretação intelectual sempre se fará necessária.
A análise simples dos resultados dos principais indicadores até poderia ser feito por uma IA, mas observação de uma possível causa raiz subjetiva que levasse àquele desfecho, não.
Procurar uma causa raiz envolve uma série de ações, que na maioria das vezes não se restringem somente à análise do dado puro, como uma IA faria. Muitas vezes, é necessário analisar o histórico de determinados períodos em busca de vestígios que possam nos levar à conclusão procurada.
Somado a isso, nessa busca por razões que levem a um resultado, é necessário ter o feeling de que relação humana também é um indicador. Sendo assim, entender dentro do seu histórico se em algum momento houve, por exemplo, uma animosidade, se faz fundamental para entender as questões com mais profundidade.
Dessa maneira, muito mais do que números e resultados a serem analisados, o contexto relacional que os dados estão inseridos interferem diretamente nas conclusões a serem feitas.
Conclusão
Que o ChatGPT veio para revolucionar o mundo contemporâneo que vivemos, não há duvidas. Mas ainda assim não chegamos no estágio de substituição de ferramentas tão fundamentais quanto os dashboards gráficos.
Ao passo que os avanços em pesquisas e desenvolvimentos de Inteligências Artificiais evoluem, pode ser que essa realidade mude. Por hora, a interpretação humana em cima de dados de negócio ainda se faz (muito necessária). Principalmente falando de gestão jurídica.
Mas é claro que, por outro lado, existe uma série de outras atividades mais robóticas e simples, que o ChatGPT já possui plenas condições de executar. E o Benner Jurídico já sabe disso. Tão sabe que muito em breve trará novidades incríveis e revolucionárias para os seus clientes.
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