Entre todas as etapas da cadeia de suprimentos, o last mile é considerado o mais crítico para a maioria dos operadores logísticos. Afinal, trata-se da etapa crucial em que o consumidor recebe o seu pedido em mãos.
Portanto, se a sua empresa quer ter mais eficiência nas suas entregas e proporcionar uma melhor experiência aos seus clientes, é imprescindível saber como evitar problemas e sanar gargalos nesta fase.
Os sistemas de gerenciamento fazem toda a diferença para otimizar as operações de ponta a ponta, mas são pouco úteis caso estejam defasados ou ofereçam dificuldades operacionais, como na importação manual de planilhas ou interfaces pouco amigáveis.
Mas, afinal, o que uma boa solução logística deve proporcionar? O que é last mile e quais seus impactos em meio às demais fases da cadeia? Quais seus maiores desafios? Como otimizá-lo? Confira os detalhes mais importantes sobre o tema a seguir.
Quais são as 3 fases da logística?
Quando tratamos sobre last mile, o significado está diretamente atrelado às demais etapas que compõem o processo logístico. Portanto, conhecê-las é fundamental para compreender a importância do conceito. Normalmente, elas são divididas em 3 partes:
First mile
O first mile diz respeito ao transporte de uma mercadoria do ponto de origem até o armazém, centro de coleta ou distribuição. Ele envolve demandas como gestão de pedidos com os fabricantes, gerenciamento de frotas, embalagem e carregamento.
Esses processos são anteriores ao envio para o cliente e muitas vezes são feitos manualmente. Assim, é comum que ocorram falhas na comunicação entre transportadora e fabricante, erros na rotulagem e embalagem, além de atrasos que afetam o preço e a entrega no last mile.
Portanto, o desafio é digitalizar o ciclo já na primeira etapa. Com a tecnologia logística é possível agilizar o processo, evitar retrabalhos, garantir visibilidade entre todos os envolvidos na cadeia e ainda integrar os dados com as demandas dos pedidos feitos no setor de compras.
Middle mile
Já o middle mile descreve o transporte das mercadorias entre dois armazéns, para um centro de distribuição (CD) ou do CD para o ponto de venda. Trata-se de uma etapa que não está presente em todas operações. Isso depende do método de gestão e da demanda da empresa.
Nesse sentido, indústrias com uma base elevada de clientes ou enormes varejistas, por exemplo, acabam se focando nessa etapa para conseguir atender diferentes regiões. Se bem feita, ela otimiza a comunicação das demandas entre o first e o last mile.
Os sistemas de logística 4.0 também são muito importantes nessa fase, pois aprimoram a comunicação entre os CDs, evitam erros no controle de estoque e também garantem pleno alinhamento com as informações do setor de compras.
Last mile
Como já citamos, o last mile delivery corresponde à última etapa do transporte de uma mercadoria. Ou seja, quando o item sai do CD e chega até o cliente. Assim, a eficiência desse processo determina o sucesso de toda a operação e a satisfação do consumidor.
Por isso, essa é a fase em que as empresas mais investem em melhorias e tecnologia, a fim de máxima agilidade, eficiência e segurança. Não por acaso, 53% de todos os custos de transporte de um produto são ligados ao last mile, segundo dados da Mordor Intelligence.
Agora você deve estar se perguntando quais são os principais impactos desse processo para as organizações e quais são os desafios que ele oferece aos operadores. Veja mais detalhes nos próximos itens.
Como a last mile impacta o processo logístico?
Como você pôde ver, o last mile na logística corresponde à etapa mais importante de toda a cadeia de suprimentos. Entre os impactos mais significativos desse processo, que levam as empresas a investir tanto nele, destacam-se:
Diminuição de custos
Em primeiro lugar, vale ressaltar que o last mile é o processo mais caro de toda a cadeia. Afinal, ele exige máxima agilidade e eficiência, pois impacta na experiência do consumidor. Além disso, é preciso lidar com a capilaridade de diversos pontos de entrega.
Para reduzir os custos logísticos e preservar as margens de lucro, a alternativa que mais se destaca no mercado são os sistemas de roteirização. Eles apontam as rotas ideais para os destinos. Isso agiliza o processo, poupa combustível e evita danos com estradas ruins.
Desempenho operacional
Por mais que o recebimento da origem e a entrega em trânsito entre os centros de distribuição da transportadora sejam importantes, é a última ponta da cadeia que determina o sucesso de uma operação.
Considerando a complexidade e a importância do last mile no transporte, podemos dizer que ele impacta diretamente os resultados do neǵocio. Afinal, as influências vão desde os custos operacionais até o desempenho dos indicadores logísticos e a própria retenção de clientes.
Satisfação dos consumidores
Os consumidores estão cada vez mais exigentes. Afinal, hoje eles têm acesso a milhares de marcas e ofertas na palma de suas mãos. Dessa maneira, se a sua empresa não atender às suas expectativas, eles podem trocá-la sem hesitar.
Ciente de que o last mile está intimamente ligado à experiência do cliente, é fundamental investir na sua otimização. Com isso, você garante maiores taxas de fidelização e ainda se destaca perante os concorrentes.
Quais são os maiores desafios da operação last mile?
Quando afirmamos que é essencial investir em melhorias para otimizar o last mile, é porque existem desafios importantes a serem superados para que esse processo tão vital para o seu negócio seja realizado da melhor maneira possível. Os principais são:
Atrasos e imprevistos
A etapa de entrega ao cliente envolve inúmeros destinos diferentes. Por mais que sua equipe planeje a rota perfeita, o transporte sempre ficará sujeito a problemas que podem atrasar as entregas e prejudicar a experiência dos clientes.
Isso inclui situações que vão desde um tráfego muito intenso até a realização de obras nas pistas, engarrafamentos ocasionados por acidentes, problemas com os caminhões, mau tempo, entre outras adversidades.
Para ter agilidade e economia, você precisa contornar essas questões de imediato. Assim, voltamos à importância dos sistemas de roteirização, que monitoram as situações das estradas em tempo real para adaptar o roteiro e garantir sempre as melhores rotas.
Expectativas do cliente
A exigência dos clientes é alta na era digital, mas seus padrões se tornam ainda maiores diante da eficiência já oferecida pelos maiores players do mercado. Diante disso, é essencial que as demais organizações também se adaptem para oferecer uma experiência de ponta.
Ao implementar um last mile software, você agrega diferenciais que evitam que seu consumidor passe por frustrações. Além disso, ainda oferece ferramentas importantes para que ele tenha uma entrega mais transparente e interativa.
Com um bom sistema, você pode fornecer estimativas precisas de tempo de envio, enviar informações de rastreamento, prova de entrega e atualizações confiáveis em diferentes meios de comunicação, abrir canais para feedbacks e solução de problemas, entre outros.
Integração de processos
Se sua empresa tiver sistemas defasados e processos pouco integrados, a gestão das entregas fica sujeita a erros. Por sua vez, isso pode gerar sérios prejuízos e atrasos, além de afetar significativamente sua imagem no mercado.
Por exemplo, se uma nota não for enviada à entrega logo após seu lançamento, ela pode travar o transporte ou até gerar multas. Ou ainda, se o software não der baixa em um produto e ele acabar faltando no estoque, o envio ao cliente será prejudicado.
Essas e outras situações demonstram porque é essencial ter todas as atividades logísticas integradas em um mesmo sistema. Isso é feito pela tecnologia TMS, que reúne em um só lugar todo o planejamento logístico, de pátio, armazenagem, rastreio, gestão de volumes, etc.
Sustentabilidade
Voltando à importância de atender às expectativas dos clientes e integrar demandas, lembre-se que a preocupação com a sustentabilidade é crescente no mercado. Ao pensar sobre diversos veículos levando milhares de mercadorias aos consumidores, é difícil dissociar os temas.
O setor logístico está atento a isso e, cada vez mais, investe na otimização do last mile em prol de um transporte mais eficiente e sustentável. Ao Estadão, startups focadas em roteirização afirmam que ela proporciona uma média de 6% de redução de emissão de CO².
Somada à eficiência no planejamento de rotas, novas iniciativas surgem para atender à crescente exigência por sustentabilidade. Esse é o caso da 2W Motors, que investiu na eletrificação de triciclos para a entrega de produtos aos clientes finais no last mile.
Como otimizar a operação last mile?
Além das tecnologias citadas nos itens anteriores, há uma série de boas práticas que podem ser decisivas para otimizar o last mile na sua logística. Confira nossas dicas e adapte-as à realidade do seu negócio:
1. Estruture processos
Como você sabe, o ciclo logístico de uma organização envolve inúmeros processos, desde a gestão dos pedidos até o gerenciamento do estoque, planejamento das rotas, inventário, separação dos itens, embalagem, coleta, e assim por diante.
Em meio a tantas etapas, é natural que algum gargalo passe despercebido. Por isso, é fundamental mapear todas as fases e entender exatamente sua condução. Assim, você garante uma melhor estruturação, com correções e melhorias que impactam o last mile.
2. Comunique-se com o consumidor
Apesar da natureza operacional, o last mile possui uma relação direta com o consumidor. Por isso, seu sucesso também é determinado pela forma com que você impacta e se comunica com cada cliente.
Nesse ponto, também faz toda a diferença contar com um bom software logístico. Afinal, além de agilizar as entregas com o apoio da roteirização, ele fornece atualizações precisas sobre os prazos e andamento das entregas, proporcionando interações mais transparentes.
3. Siga um planejamento estratégico
O last mile dificilmente terá o nível de eficiência desejado se todas as etapas da logísticas não forem muito bem coordenadas. Por isso, mais que estruturar seus processos, você precisa pautá-los em um bom planejamento estratégico.
A ideia é garantir que cada processo tenha fases e atribuições bem definidas. Com uma base precisa sobre o que deve ser feito, também há mais clareza sobre eventuais inconformidades e pontos passíveis de melhorias.
4. Diversifique os modais de transporte e os centros de distribuição
Atualmente, você não precisa limitar as possibilidades logísticas do seu negócio. Com uma frota diversificada, você consegue flexibilizar o porte e a viabilidade dos envios, alternando entregas entre caminhões, vans e outros meios.
O mesmo vale para os centros de distribuição. Com um maior número de CDs e transportadoras, você otimiza seus processos de abastecimento e equipara seus prazos de entrega aos principais players do mercado. Portanto, vale a pena considerar o investimento.
5. Agende as entregas
Uma boa ideia para organizar os processos de entregas é agendá-las. Essa é uma opção que aproxima sua empresa do consumidor e agrega mais controle sobre a operação, como na roteirização mais eficaz no horário exato de disponibilidade do cliente.
O ideal é começar testando essa alternativa com pedidos mais próximos do centro de distribuição. Avalie a viabilidade da implementação e peça feedbacks dos clientes, a fim de validar os agendamentos para toda a operação.
6. Conte com o apoio de Sistema de Gestão Logística
Você já sabe que a tecnologia se tornou indispensável para aprimorar sua gestão e superar os principais desafios da sua logística. Então, que tal contar com a melhor solução do mercado para tornar sua empresa mais ágil e competitiva?
O Sistema de Gestão Logística da Benner é um software completo, que atende a todas as suas demandas, desde a compra de materiais, planejamento e roteirização até a gestão de pátio, do estoque, de transportes e entrega. Clique aqui e descubra como otimizar seu last mile conosco.