Cada vez mais a busca por um atendimento humanizado na medicina é um desejo de pacientes e médicos. Isso porque, essa atividade é, como o nome diz, uma maneira mais respeitosa e menos danosa aos pacientes.
Uma modalidade da medicina humanizada que está sendo utilizada por diversos profissionais é a desospitalização. Mas você sabe o que é essa atividade? Neste artigo te contamos um pouco mais sobre a desospitalização!
O que é desospitalização?
Como se pode observar no próprio nome, a desospitalização é um conceito que compreende toda a assistência domiciliar que profissionais da saúde podem realizar.
Vários médicos compreendem que essa saída para as internações — afinal, na desospitalização o paciente vai para casa, mas não recebe alta — aumenta a velocidade de recuperação dos pacientes. Isso porque, além de aumentar o bem-estar, quando em família, o paciente tende a menor resistência aos tratamentos e maior apoio.
Apesar de ser uma opção que já está em prática, a internação domiciliar (desospitalização), ainda não é um método de tratamento aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e nem pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
No entanto, os pedidos por internação domiciliar, mesmo em casos de pacientes terminais, aumentam cada vez mais. Alguns inclusive, para o cumprimento do desejo, se tornam casos judiciais.
Uma coisa é unanimidade: a desospitalização traz muitos benefícios. Além da vantagem da humanização do tratamento, a vantagem é a diminuição de leitos ocupados em hospitais. Falaremos mais sobre elas adiante.
Principais desafios ao implementar a desospitalização
Apesar de parecer mais simples, a desospitalização inclui diversos desafios que dificultam, de certo modo, a realização do processo. As preocupações afetam desde questões financeiras até a questão do apoio da família do paciente a ser desospitalizado. Vamos aos detalhes dos desafios.
Preocupação com o aumento de custos
A eficiência financeira em instituições médicas já tem sido um desafio para os profissionais das instituições. Isso porque, para além da lucratividade, as operadoras e as clínicas precisam manter a vida financeira do negócio estável.
Assim, uma das preocupações em relação a desospitalização de pacientes é justamente o aumento de custos. O medo desse aumento vem do fato de que, quando falamos em internação hospitalar, é nítido o gasto necessário para manter esse paciente.
Além do aumento da equipe, o aumento dos equipamentos em casos de internações hospitalares é muito alto. Por isso, de maneira geral, os hospitais optam por realizar a internação apenas em casos mais graves.
Devido a essa crença, alguns planos de saúde tentam barrar essa decisão, mas na prática, se mostra que a realidade não é bem assim. Alguns estudos mostram que complicações de casos geram altos custos para os hospitais, e que as chances de complicações são muito maiores justamente nesses ambientes do que em casa.
Judicialização na Saúde
Um receio que as operadoras de saúde têm, ao se falar em internação domiciliar, é em relação à judicialização. Muitas ainda têm medo de enfrentar esse tipo de problema ao indicar o tratamento em casa a algum paciente. Por essa razão, ainda se evita muito a desospitalização de pacientes.
Falta de apoio da família do paciente
Um outro motivo é o fato de muitos familiares e pacientes ainda se sentirem mais seguros sob acompanhamento médico 24h por dia, preferindo essa opção de internação.
Assim, conseguir apoio da família para a realização do home care ainda é um desafio para as operadoras de saúde. Logo, é importante que os profissionais da saúde estejam preparados para educar a família do paciente acerca da segurança e também dos cuidados necessários que a família deve ter com o paciente.
Necessidade de infraestrutura
Por fim, um último empecilho para a realização da desospitalização é a necessidade de infraestrutura para a realização da mesma.
Isso porque, a estrutura ideal, em alguns casos é extensa. Portanto, as operadoras de saúde devem obter as ferramentas necessárias para a realização da internação domiciliar. Ou então, fazer a contratação de uma empresa terceirizada que presta o serviço de disponibilização de ferramentas a esses pacientes.
Apesar do investimento inicial, o retorno a longo prazo é positivo para todos. É importante lembrar que nesses casos o acompanhamento médico continua sendo fundamental, bem como, da operadora de saúde, que deve garantir a educação das partes e a disponibilização de canais de atendimento rápidos, para um acompanhamento compartilhado entre médicos e familiares.
Benefícios da desospitalização
Apesar dos inúmeros desafios apresentados anteriormente, muitos são os benefícios que a desospitalização dá, tanto aos pacientes, quanto aos profissionais da saúde.
Além do fato já comentado acerca das complicações, mais alguns dos benefícios dessa prática são:
Mais saúde para o paciente
Estar em casa faz com que o paciente se sinta mais confortável, mais seguro em relação a infecções hospitalares. Além disso, eles podem se sentir mais amados e cuidados por sua família. Entre muitas outras vantagens que garantem uma recuperação mais tranquila e rápida.
Experiência profissional
Para os profissionais da saúde que atuam nos casos de desospitalização, seja ela de assistência ou de internação domiciliar, essa maneira de trabalho oferece:
- Novos conhecimentos;
- Aumenta a criatividade;
- Ensina novas maneiras de trabalhar, por exemplo, como se comunicar melhor e como ser mais atencioso com os familiares do paciente.
Mais leitos disponíveis
Em momentos críticos, como o da pandemia da COVID-19, a falta de leitos em hospitais é um grande problema. Com a desospitalização de pacientes estáveis, os leitos são liberados, e aumentam assim, a eficiência médica. Além disso, os custos com internação que o hospital realiza também diminuem.
Reduz o tempo de internação
O ambiente hospitalar, além de ser mais propício para que ocorram infecções, é também um ambiente cansativo. Por isso, em casos de doenças leves e pacientes estáveis, a opção pela home care é a melhor saída. Ela pode contribuir inclusive para a recuperação mais acelerada de determinadas doenças.
Tratamento mais humanizado
Uma outra vantagem já comentada por aqui é o fator do tratamento mais humanizado.
O conforto de casa e a proximidade com a família garantem uma humanização sem igual aos pacientes. Além disso, o trabalho dos profissionais, por conta da dedicação a um único paciente, garante mais atenção às dores do mesmo e uma relação mais afetuosa no tratamento.
Como oferecer um tratamento humanizado através da telemedicina?
Com a desospitalização, as tecnologias passam a fazer parte da prática médica. Uma delas é a telemedicina.
Veja como essa inovação na área da saúde pode contribuir para o tratamento domiciliar e como a telemedicina pode ser um modelo de trabalho mais humano:
- Escolha um local tranquilo: o local mais indicado para a realização de atendimentos via telemedicina é ainda o seu consultório. No entanto, caso você, profissional da saúde, não esteja no consultório no momento do atendimento é importante atentar-se para escolher um lugar tranquilo para realização do atendimento.
- Tenha foco total nos pacientes: assim como em qualquer outra atividade em que se tenha contato com pessoas — especialmente na área da saúde — na telemedicina também é importante “estar presente”. Você precisa demonstrar empatia com o seu paciente. Para ajudar a manter a concentração, busque sempre olhá-lo nos olhos — mesmo que você esteja olhando apenas para a tela —, assim, você se mantém na conversa com o mesmo.
- Experiência do paciente: em qualquer prestação de serviços, a experiência da pessoa que “recebe” o serviço é importante. Por isso, esclareça o máximo que puder e se mostre disponível para auxiliá-lo com relação a medos e sintomas. Durante as consultas, procure sempre buscar que o atendimento seja o mais próximo possível de um atendimento presencial.
- Estude as práticas de telemedicina: engana-se quem acredita que após formado, as coisas permanecerão iguais e portanto o estudo não é mais necessário. Assim, procure saber mais sobre a telemedicina, melhores maneiras de utilizá-la, ferramentas, como fazer um bom atendimento com a técnica, etc.
Plataforma segura e eficiente
Por fim, mas não menos importante, utilizar uma plataforma que garanta a qualidade em todo o serviço prestado é essencial. O atendimento para pacientes em situação de internação hospitalar e desospitalização não será bem feito, ainda que utilizando os melhores métodos e ferramentas, se a gestão do hospital não estiver bem feita.
Por isso, utilizar uma plataforma de gestão, onde você pode manter o controle de seus atendimentos e pacientes, bem como a gestão administrativa — que contribuirá para a disponibilização da estrutura de internação domiciliar — e recursos humanos é essencial. E claro, uma plataforma que permita a realização da telemedicina de maneira eficaz.
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